22/06/2009

Se Explodir, Quero Ver Agora Pra Quem Vai Sobrar.


Amigo torcedor...
Preocupante, assim defino o atual momento do São Paulo Futebol Clube que entrou em parafuso após a eliminação da Copa Libertadores da América em pleno Morumbi, onde o Cruzeiro "roubo-lhe" o sonho de conquista da competição pela quarta vez em sua história.

Estive no Pacaembu acompanhando o clássico entre Corinthians e São Paulo ontem á tarde e as declarações do ex técnico Muricy Ramalho revelaram um grupo totalmente desunido, rachado, com falta de profissionalismo de alguns atletas e ciúmes....muito ciúmes.

A tal "falta de amor" que Muricy se refere é quanto a "alguns" jogadores não se identificarem com as características adotadas pelo clube ao longo dos anos de vacas "gordas" e muitos títulos.

Se observarmos a trajetória tricolor desde a passagem de Fabio Santos e do imperador Adriano que agitaram o sempre calmo ambiente do clube, chegaremos á uma conclusão que de lá para cá, muita coisa mudou em termo de comportamento "profissional" como gostam de exaltar os sempre polidos dirigentes do clube das três cores.

Muricy sempre primou por não deixar vazar informaões que pudessem atrapalhar o time, mas com a saída do capitão Rogério Ceni contundido, ele perdeu um grande aliado de um grupo que já não vinha se entendendo, mas sempre respeitou o "líder" não só desse grupo como também de toda uma nação de torcedores e tambem de boa parte dos dirigentes, o que convenhamos é muito difícil de acontecer em qualquer outro clube do mundo.

A ciumeira a que me refiro, vem de jogadores que entendem ver em Washington um cara que não colabora em nada com o grupo e ainda exige tratamento de estrela, com salário pomposo.
Já aconteceram desentendimentos entre Dagoberto e Washington no campeonato paulista por um querer "fritar" o outro e não passar bolas que poderiam resultar em gols.

De Muricy com Borges que exigia sua escalação por ser o "artilheiro" das horas certas.
De Richarlyson insatisfeito em ser somente um reserva de luxo e que cobre todas as posições e nunca defini-lo como titular.

De André Lima ( acreditem ) chutando o pau da bandeira, chutando o pau da barraca e dando um bico no balde de leite por querer forçar uma condição de titularidade onde sequer conseguiria tal façanha nem num time de terceira divisão.

E Muricy aguentando tudo isso calado, sem o devido apoio de sua diretoria que parecia omissa.
Diretoria essa que aliás contratou muito mal depois do terceiro brasileiro consecutivo e ainda quer cobrar do treinador, resultados.

Alguns diretores tem que botar na cabeça que treinador é treinador e não mágico como acreditam ser um técnico de futebol que lida com diversas cabeças diferentes de um grupo, onde por muitas vezes a vaidade fala mais alto entre 30 ou 35 pessoas com o mesmo objetivo que é de conquistar um lugar na equipe titular e a confiança de tal treinador.

O futebol é pródigo em surpresas nada agradáveis quando se mexem com determinadas figuras queridas no grupo. Querem um exemplo ? Hernanes e Jorge Wagner no banco de reservas.

Você acha que não teve dedo de diretor no meio dessa história onde Muricy acreditava ser a melhor maneira de preservar os jogadores deixando-os no banco de reservas já que estão passando por uma fase ruim, e exigiam constantemente a escalação de ambos, atormentando a
vida do técnico alem do presidente que via no profissional uma enorme gratidão desde os tempos de atleta e que conhece muito bem seu clube de coração ?

Agora vocês acham que Ricardo Gomes é o nome ideal para segurar o rojão que foi aceso pela incompetência de alguns que acreditam entender de futebol ?

Com todo respeito que tenho pela pessoa do Ricardo que confessou ter visto o atual time do São Paulo jogar somente duas vezes este ano, ele já "começou" muito mal.

Ele deveria estar no Pacaembu para sentir o ambiente e medir a temperatura do time que está em ebulição e assumir a responsabilidade que lhe é atribuída á partir do momento que foi indicado para o cargo.

Quero ver se agora a diretoria assume o tal momento agudo do time que está acostumado a várias conquistas e "nunca" entra em crise, por ser o São Paulo um clube diferente dos outros.
Diferente nada, pois as cobranças das arquibancadas são as mesmas dos outros clubes que movem a paixão do torcedor.

E com paixão.... não se mexe.
Ainda mais em se tratando do seu torcedor que enxerga muito mais que qualquer dirigente metido a entendido e sequer sabe contratar um treinador a altura da tradição do clube.

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